Opinião
As mudanças propostas pelo então candidato à presidente, Jair Messias Bolsonaro (PSL), aos poucos vão acontecendo no seu governo. É sabido que muita coisa pode não acontecer porque o Presidente vai precisar do aval do, ainda corrompido, Congresso Nacional.
Existe a expectativa de que os novos parlamentares que tomam posse hoje, tanto na Câmara, quanto no Senado, possam interferir positivamente em defesa do País. A transparência do “Novo Governo” e a qualidade profissional da maioria de seus ministros também agradam aos brasileiros.
O GRANDE ERRO QUE NÃO PODE SE REPETIR
Apesar da boa expectativa em relação ao mandato do presidente Bolsonaro, um assunto deixou a desejar. O Governo Federal errou feio em Brumadinho, cidade que fica aos arredores de Belo Horizonte – MG, e que foi destruída pela tragédia que neste 1º de fevereiro, chega ao oitavo dia.
O ERRO FOI TER OBEDECIDO A LEGISLAÇÃO
Explico: Enquanto centenas de brasileiros rolavam ladeira a baixo levados por uma tsunami de lama, no momento do rompimento da barragem que pertence a Vale, mil homens das forças de segurança do País, Exercito, Marinha e Aeronáutica, foram imediatamente colocados de prontidão para ajudar no resgate às vítimas. No entanto, essa ajuda só poderia acontecer se o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, autorizasse a entrada da tropa em seu Estado. Ou seja, se ele pedisse ajuda.
Ocorre que o ‘governador’ não quis a ajuda e Jair Bolsonaro não agiu como deveria. Ora, se a Lei diz que para as forças de segurança atuar em um Estado o seu governador tem que pedir ajuda, como foi o caso da questão de segurança pública no Rio de Janeiro e Ceará, em Brumadinho a situação era totalmente diferente.
A vida é soberana.
Imaginem o que mil homens do Exército, Aeronáutica e Marinha, utilizando todas as estruturas que possuem não teriam feito nas primeiras horas do acidente em Brumadinho?
O governador de Minas também não aceitou ajuda de 300 homens do Corpo de Bombeiro Civil de São Paulo e outras estruturas colocadas à disposição. No entanto, soldados de Israel receberam a autorização. Isso é muito estranho em se tratando de uma tragédia.
Enquanto isso, os mil soldados brasileiros continuam de prontidão e ‘proibidos’ de ajudar em Minas Gerais. Se bem que agora não precisa mais, na conta já temos 108 mortos confirmados e esse número, infelizmente, deverá passar de 300, devido aos mais de 200 desaparecidos, sem falar nos desabrigados.
Esse foi o grande erro do governo de Bolsonaro. Não era pra ficar aguardando ordem de governador, era para ter agido. Passado por cima do governador de Minas e feito sua parte para salvar aqueles brasileiros que rolaram ladeira a baixo, e que foram engolidos pela lama, que hoje servirá de túmulos para muitos.
PODE INVADIR AQUI
Caso uma situação dessas ocorra aqui na minha terra, o Tocantins, que o Governo Federal já se sinta autorizado a invadir esse Estado e ajudar seu povo.
Dava pra não ter manchado os 30 primeiros dias de governo. O nosso corpo, entregue pela ‘Vale’, já sepultamos aqui.
De qualquer forma boa sorte ao presidente Bolsonaro. Também votei nele acreditando nas melhorias. Porém, é preciso repensar a situação de Minas Gerais
Elvecino Benício