Da Redação
A prefeitura de Paraíso do Tocantins, e parceiros, estão realizando higienização das principais ruas e locais com grandes aglomerações na cidade, desde a terça-feira, o início da semana. O objetivo é combater o coronavírus.
Por outro lado, o Comitê de Operação Emergencial – COE, vem se reunindo constantemente para definir as regras sobre funcionamento ou flexibilização do comércio, igrejas e outros estabelecimentos neste período de pandemia da doença. No meio, estão os pequenos empresários que precisam trabalhar e a população que luta por sua própria sobrevivência.
Se por um lado alguns reclamam querendo trabalhar com o compromisso de cumprir as regras, como é o caso dos proprietários de bares e restaurantes, por outro, existem os que só reclamam mas sem se preocupar em fazer a sua parte. Tais normas e recomendações sobre higiene pública e pessoal parecem não surtir muito efeito desde que tudo começou, no início de março.
Existem as críticas e os elogios em relação às decisões tomadas.
Porém, o que se percebe em Paraíso do Tocantins são as aglomerações nas portas de bancos, falta de informações, falta de fiscalização e esquecimento em relação a vários outros problema que estão passando despercebidos. É o caso da dengue, que já circula no País com um novo sorotipo, e a região Norte tende a ser novamente a mais atingida.
Só em 2020, mais de 58 mil casos de pessoas com dengue foram notificados, até fevereiro e a situação, que já é preocupante, ainda pode piorar, visto que historicamente o pico da dengue costuma ocorrer no mês de abril, em razão do período chuvoso. Correlacionando os comportamentos em relação aos dois problemas, coronavírus e dengue, observa-se que a situação não muda.
Como explicar o fato de o poder público gastar dinheiro com higienização de ruas se Paraíso permanece abarrotada de lixões que são distribuídos em contêineres em todos os setores, inclusive no centro da cidade.
Como fazer para que as orientações sobre o covid-19 surtem os efeitos desejados se elas não estão sendo levadas a sério?
É a vida dos moradores que está em risco, e esse risco é provocado por todos, povo e poder. Os lixões nas ruas e as aglomerações em locais públicos são, ao final, a mesma coisa e significam desobediência.
Sem ação e sem cumprimento, “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”.
Em todos os casos estão presentes o descaso e a contribuição que facilita a aproximação do covid-19, ou dengue, dos paraisenses.
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