Mães de farda: Trabalhar cuidando da saúde das pessoas é o orgulho de policial militar feminina

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Lara Tavares

Após 12 anos que adentrou as fileiras da Polícia Militar como técnica de enfermagem no Quadro de Praças da Saúde (QPS), a subtenente Maria dos Reis Costa Sousa Lopes de 45 anos, conhecida com Reisinho por familiares e amigos, tem alegria e orgulho em ser policial militar, e em especial, por dedicar seu tempo em lidar com a saúde das pessoas. Casada há 12 anos, mãe de dois filhos e vovó de um netinho de dois anos, todos os dias ela exerce dupla jornada trabalhando na área da saúde.

Maria dos Reis nasceu em Conceição do Araguaia no estado do Pará, mas cresceu na cidade de Araguaína. Se mudou para a capital do estado em busca de trabalho e novas oportunidades. Em Palmas fez o curso de técnico em enfermagem que lhe abriu diversas portas. Ela ainda se graduou em Contabilidade e tem especialização em Gestão Pública. Desde 1999 que a técnica em enfermagem trabalha na saúde pública na capital.

Família da subtenente Maria dos Reis

Em 2008, a técnica em enfermagem se tornou policial militar, após aprovação em concurso. Hodiernamente, ela acumula as duas funções. “Lembro-me bem de quando abriu o concurso para Polícia Militar. Fiquei muito feliz, pois tinha vagas para minha área de formação. Treinei muito para o Teste de Aptidão Física (TAF), treinava todos os dias para me capacitar. E graças a Deus fui aprovada”, contou. A subtenente relatou ainda que foi uma alegria para seus pais quando ela deu a notícia de que seria policial militar e mais ainda de que trabalharia cuidando da saúde das pessoas. Em 2005, Maria dos Reis se inscreveu no concurso do Estado, foi aprovada e atualmente também trabalha na coleta de sangue do Hemocentro de Palmas.

Maria dos Reis com o netinho Artur

A esposa de Paulo Leandro, mãe de Carlos Augusto de 24 anos e de Carlos Eduardo de 22, já é avó do pequeno Artur Benjamin de dois anos. Segundo Maria dos Reis, sua família admira sua profissão e ela se orgulha de ser policial militar e que mesmo tendo que deixar de lado a rotina, o convívio e os compromissos com sua família, que mora na zona rural de Porto Nacional, ela tem prazer em trabalhar todos os dias na profissão que escolheu, ajudando as pessoas, especialmente, neste período de adequações sociais em que estamos vivendo.

Maria dos Reis inicia sua jornada todos os dias às 5 horas da manhã, quando acorda, organiza as tarefas domésticas e sai para o trabalho às 7 horas. Ela retorna para casa por volta das 19 horas, já que tem dupla jornada todos os dias, uma no Centro Integrado de Reabilitação e Readaptação (CIRR) da PM e outra no Hemocentro, ambos em Palmas.

Coletando sangue no Hemocentro durante segunda jornada de trabalho com o EPI adequado devido à pandemia

“Nós profissionais de saúde estamos muito tristes com a situação que estamos vivendo, pois a comunidade e nossas famílias precisam de nós, precisamos estar na linha de frente fazendo nosso trabalho. É fácil sair de casa e deixar nossos familiares em quarentena, pois sabemos que em nossos lares estarão protegidos. Ao tempo que também nos preocupamos em voltar para casa devido a constante exposição e riscos de sermos contaminados pelo COVID-19. Mas trabalhamos com rigor extremo seguindo as recomendações de uso de equipamentos de proteção individual no trabalho. Sempre ao chegar em casa, do lado de fora mesmo, já retiro as roupas e calçados e faço assepsia antes de ter contato com minha família”,  disse.

Nos momentos de lazer, a subtenente da Polícia Militar gosta de ficar com a família e aproveitar os momentos de união. Ela também adora ir para a igreja onde participa de um projeto em que trabalha no departamento infantil com crianças. “Gosto muito de trabalhar com crianças de realizar atividades de canto e leitura de estudos bíblicos”.

Sobre sua personalidade, Maria dos Reis se declara como uma pessoa “dedicada e responsável, pois gosto de fazer tudo com organização e também sou muito observadora”, disse a policial militar que vê como seus defeitos ser ansiosa e proativa. Quanto a este último, ela revelou que “sempre faço as coisas logo na primeira oportunidade, não gosto de deixar para depois, alguns dizem que é uma qualidade, mas vejo mais como um defeito. Meu marido concorda comigo”, disse em meio a risadas.

A policial militar, técnica de enfermagem, mãe, esposa, avó, amiga e colega de trabalho é um exemplo de dedicação e esforço para alcançar seus sonhos e de uma mulher batalhadora que trabalha todos os dias incansavelmente com técnica profissional, carinho e muito amor no coração no exercício de suas atividades.

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