Safras recordes e capacidade estática para armazenamento destacam o Tocantins na produção de grãos

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O Tocantins, a cada ano, bate novos recordes na produção de grãos, inclusive com crescimento acima da média nacional, sendo uma das regiões mais promissoras na atividade agrícola, e tendo como carros-chefes a soja, o milho e o arroz. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram por suas séries históricas que o crescimento nos últimos 10 anos obteve aumento superior a 185% na produção de grãos, saltando de 1,86 milhão de toneladas, na safra 2009/2010, para mais de 5,3 milhões de toneladas, safra 2019/2020 (produção estimada), isso levado pela expansão da área cultivada e aos incrementos de produtividade dos produtores.

O engenheiro agrônomo da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Thadeu Teixeira, destaca ainda que a estimativa do levantamento da Conab mostra índices positivos na produção e área nesta safra 2019/20. “O aumento é satisfatório, a expectativa é de uma colheita de grãos em geral superior a 10,4%, sendo da soja 14% e do milho 4,8%. A área total dessa produção ficará em torno dos 5,3%, números que animam os produtores tocantinenses”, afirma.

Capacidade de armazenamento

A capacidade estática de armazenamento de grãos no Tocantins é mais um reforço importante para a produção agrícola. A Conab é a instituição responsável por controlar os estoques e realizar periodicamente o acompanhamento da capacidade estática de armazenamento de grãos, onde o Tocantins possui atualmente 169 unidades de armazenamento, distribuídos entre 53 unidades do tipo armazém e 116 do tipo silo graneleiro.

Segundo o engenheiro agrônomo Thadeu Teixeira, ao analisar as séries históricas dessa capacidade, observa-se que, nos últimos 10 anos, o Tocantins cresceu 101% em armazenamento, saindo de 1,16 milhão de toneladas de grãos para cerca de 2,33 milhões de toneladas. “Vale ressaltar que são aplicados investimentos principalmente no setor privado, tanto de produtores, traidings, cooperativas ou mesmo agroindústria de processamento, que, aliados à logística favorável, permitem que grande parte da produção seja escoada logo após passar pelo secador, tendo como principal transporte a Ferrovia Norte-Sul, rumo ao Porto de Itaqui para exportação”.

Mecanismos

De acordo com o engenheiro agrônomo, outros mecanismos contribuem para o armazenamento de grãos no Tocantins. “Para suprir o déficit de armazenamento em relação à produção de grãos, tanto produtores quanto empresas têm adotado o armazenamento em silo bolsa, pois possui baixo custo de investimento, comparado aos sistemas tradicionais, somado à facilidade e à rapidez no processo de armazenamento; preservação de grãos; colheita armazenada na propriedade ou empresa, aguardando o momento ideal de comercialização; economia de frete e tempo em filas nos armazéns”, destaca.

Thadeu Teixeira ressalta ainda que essa modalidade de armazenamento em silo bolsa no Tocantins é na maioria das vezes a válvula de escape para a segunda safra de milho, tendo em vista que os produtores deixam a lavoura por mais tempo no campo, atingindo, assim, a umidade ideal. “Com tudo isso, fica evidente que a tendência de produção de grãos no Estado será de crescimento ano a ano, sendo necessário investimento, a fim de suprir o déficit e com isso não gerar estrangulamento da capacidade estática de armazenamento”, conclui.

Municípios

Os principais municípios em termos de capacidade de armazenamento são Formoso do Araguaia, Lagoa da Confusão e Porto Nacional, que detêm mais de um terço de toda a capacidade estática de armazenamento do Tocantins.

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