Caso de assedio sexual de funcionários de supermercado em Paraíso. Saiba o que diz a defesa

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FOTO: SERRA DO ESTRONDO - PRINCIPAL PONTO TURÍSTICO DE PARAÍSO DO TOCANTINS

Exclusivo da Redação

Sob a responsabilidade da 6º Delegacia de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV), e comandado pelo delegado, José Lucas Melo, o inquérito policial onde dois proprietários de um supermercado localizado em Paraíso do Tocantins foram indiciados sob acusação de suposto abuso de pelo menos 10 funcionárias, nos últimos seis anos, corre em segredo de justiça.

Mesmo assim, a reportagem do Portal Benício conseguiu ouvir a defesa dos suspeitos sobre a acusação. Segundo a investigação, relatos de funcionários, e ex-funcionários, citavam os episódios inclusive afirmando que, quem não sedia às investidas dos patrões, sofriam represálias e até demissão.

Após concluir as investigações, José Lucas, relatou a gravidade do assédio sexual e os abalos que esse crime causa aos assediados. O longo período e a quantidade de pessoas supostamente agredidas davam, segundo o Delegado, a sensação de impunidade aos denunciados.

“O assédio sexual possui uma gravidade elevadíssima, uma vez que objetifica a vítima, atingindo sua dignidade e muitas vezes causando abalos graves à sua saúde. No caso investigado, mulheres que saiam de suas casas para buscar o seu sustento e o de suas famílias sofreram vários abusos por parte de quem deveria garantir um ambiente de trabalho sadio. O fato de ter perdurado por um longo período de tempo e contra várias vítimas demonstra a confiança na impunidade por parte de quem comete esse tipo de crime, que se considera acima da lei por possuir poder aquisitivo e influência social. Mas PC-TO respondeu à altura e os fatos foram devidamente investigados”, disse o delegado.

Por se tratar de uma acusação extremamente grave e de interesse de toda comunidade, nossa Reportagem foi atrás para ouvir o outro lado. Primeiramente tentamos falar com os proprietários do supermercado, e fomos solicitados que retornássemos a ligação após uma hora. Logo em seguida recebemos a ligação do advogado de defesa, Dr. Frederico Gomes, que apresentou as seguintes alegações sobre o caso.

“Neste momento não podemos falar muita coisa, uma vez que o próprio inquérito corre em segredo de justiça. Nossa busca, em caso de eventual ação Penal (ainda não foi oficializada denúncia) é provar que os fatos não aconteceram como disseram algumas vítimas. Lembrando que, das pessoas ouvidas, muitas delas alegam desconhecer qualquer evento do tipo narrado. O delegado enfatiza muito que foram ouvidas 30 pessoas, como se as 30 fossem vítimas. Não. Muitas das pessoas que foram ouvidas afirmaram que nunca presenciaram, tampouco que foram vítimas, desse suposto comportamento abusivo. Reforço que em eventual ação penal a gente vai buscar provar que eles são inocentes” disse o advogado de defesa.

Concluída as investigações, o Ministério Público e o Poder Judiciário serão acionados. as vítimas estão sendo orientadas quanto aos seus direitos, conforme explicou o delegado José Lucas.

“A partir dos indiciamentos dos autores dos crimes, foi feita a remessa do procedimento ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, para as devidas providências criminais. Da mesma forma, as vítimas estão sendo orientadas quanto aos procedimentos cíveis que podem realizar, sendo que a cópia da investigação será remetida também ao Ministério Público do Trabalho, para a adoção das medidas pertinentes”, disse.

A Polícia Civil reforçou a necessidade de que situações do tipo sejam denunciadas. Qualquer pessoa que tenha conhecimento de casos que possam configurar crime, deve se dirigir a qualquer delegacia de polícia no Tocantins e levar os fatos ao delegado de polícia.

*Com informações da Ascom/SSP

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