Ruraltins e parceiros implantam primeira unidade experimental de café Robusta da Amazônia no Estado

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Em uma ação conjunta envolvendo o Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Embrapa Rondônia, Embrapa Pesca e Aquicultura e produtores rurais, está sendo implantada a primeira unidade experimental do café Robusta da Amazônia, no Estado.

Conforme o diretor de Inovação e Pesquisa do Ruraltins, Kin Gomides, a propriedade escolhida para sediar o experimento é a Fazenda Duas Irmãs, do produtor Edmar Caetano Porfiro, situada em Porto Nacional, onde serão avaliados 11 clones de café canéfora (robusta). Todo processo está sendo supervisionado, do plantio à colheita, pelos agentes envolvidos.

“Essa unidade  é a primeira unidade comercial de café Robusta da Amazônia implantada no Tocantins, com 4 mil mudas.  Há um ano começamos nossos trabalhos, com acompanhamento da Embrapa, trazendo essas mudas de avião de Rondônia, maior representante da cafeicultura na Amazônia. Agora estamos com essa primeira área para a definição de clones. Serão avaliados 11 clones de Robusta da Amazônia, onde vamos acompanhar, analisar e validar o desenvolvimento dessa cultura no Tocantins”, observa

O diretor destaca ainda que a proposta é fortalecer a cafeicultura no Estado, ofertando um produto com identificação e competitividade aos produtores rurais.

“Com essa unidade experimental será possível definir qual o melhor clone para o Estado, com melhor desempenho, capacidade produtiva e cruzamentos interessantes, para que se possa aumentar a produtividade. Na propriedade vamos trabalhar com irrigação por gotejamento, e esperamos em breve poder apresentar os resultados dessa cafeicultura que se inicia aqui no Estado de forma comercial”, frisa Kin Gomides.

Para o pesquisador da Embrapa Rondônia, Marcelo Curitiba Espindula, o Tocantins possui características climáticas e agronômicas favoráveis ao desenvolvimento do café robusta.

“Esses materiais foram desenvolvidos nas condições amazônicas, então acreditamos que pela proximidade das condições de Rondônia e Tocantins, esses clones possam se desenvolver bem no Estado. Por isso estamos com essa unidade de observação para avaliar o desempenho desses materiais no Tocantins. Já temos a descrição detalhada desses clones em Rondônia, e agora queremos ver o comportamento agronômico no Tocantins.  É claro que é uma cultura perene que exige cuidados, especialmente na implantação, manejo, poda, condução e adubação, mas seguindo todas as recomendações técnicas para o cultivo teremos ótimos resultados”, frisa.

O pesquisador destaca ainda que a média de produção chega a aproximadamente 80 sacas por hectare com esses materiais, e com produtividade máxima acima de 150 sacas por hectares nos planos de maior potencial produtivo.  “A nossa expectativa é que no Tocantins a cultura se desenvolva bem e alcance também esses índices produtivos. Outros estados como Piauí, Distrito Federal, Espirito Santo, Bahia, Minas Gerais, Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima e Mato Grosso já produzem esses cafés”, conclui.

O produtor Edmar Caetano Porfiro, que abriu espaço em sua propriedade para a unidade, recebe com muito entusiasmo esse incentivo, pois cultiva o desejo de plantar café. “Sem os técnicos do Ruraltins não teríamos condição de tocar esse projeto. Fizemos uma pesquisa no mercado de Palmas e enxergamos que o café é uma atividade promissora, e desejávamos entrar no ramo. Estou muito animado com esse incentivo  e o apoio total que estou recebendo, pois teremos um produto de qualidade para competir no mercado e com agregação de valor. Parabéns aos técnicos do Ruraltins, e estou na carroceria junto com eles”, afirma o produtor.

Cafeicultura

A cafeicultura é uma das práticas produtivas mais antigas do Brasil. E a bebida, produzida a partir da torrefação dos grãos, e consumida em todo o mundo, está com projeção de crescimento para os próximos anos, apresentando como atividade promissora ao produtor que se adequar às novas tecnologias de produção.

A cultura do café no Tocantins ainda é pouco significativa, com apenas dois hectares de área colhida do café Arábica em seis estabelecimentos rurais, e um hectare em três estabelecimentos do Robusta e Conilon.

Produtor Edmar Caetano Porfiro abriu espaço em sua propriedade para a implantação da unidade experimental de café – Delfino Miranda/Governo do Tocantins

Produção chega a aproximadamente 80 sacas por hectare com esses materiais, e com produtividade máxima acima de 150 sacas por hectares – Delfino Miranda/Governo do Tocantins

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