Tocantins e Embrapa elaboram projeto para alavancar cadeia produtiva da mandioca

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Com a finalidade de impulsionar a cadeia produtiva da mandioca no Tocantins, o Governo do Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro) e da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), está com nova parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para o desenvolvimento do Programa Mais Mandioca. A proposta foi apresentada ao gestor do Ruraltins, Fabiano Miranda, na tarde dessa quinta-feira, 10, pela equipe da Embrapa Pesca e Aquicultura.

Ainda em fase de aprovação, a proposta da Embrapa é desenvolver com o MAPA, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), um programa de desenvolvimento regional ancorado nas inovações disponíveis pela Embrapa para mandiocultura e na expertise da rede sociotécnica já estabelecida na região.

Para contribuir com a implementação desse programa, a Embrapa conta com o trabalho do Projeto Reniva, que consiste em uma rede de multiplicação e transferência de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária. Esta iniciativa envolve diversos parceiros, tanto públicos como da iniciativa privada, e no Tocantins, conta com o apoio do Governo na sua implementação.

“O projeto foi idealizado para o Estado, com o envolvimento de diversas instituições e uma delas é o Ruraltins, então a gente, mesmo antes do projeto ser aprovado, apresentamos e também buscamos a anuência do Ruraltins porque as ações são em conjunto, para verificar se está de acordo com plano de ação do órgão. Recebemos sinal verde do gestor para tocar esse projeto para frente. Agora está no âmbito do Ministério da Agricultura para análise e aprovação”, explicou o chefe Adjunto de Administração da Embrapa Pesca e Aquicultura, Luciano do Carmo Rocha.

Para o presidente Fabiano Miranda, o programa vem para contribuir e somar com o trabalho que a extensão rural já desenvolve sobre o cultivo de mandioca no Estado. “Sabemos que ainda está em fase de elaboração e articulação junto ao Mapa, mas já adiantamos que o Tocantins dispõe dessa rede de maniveiros, além da disponibilização da estrutura de viveiros, casas de vegetação,  compartilhamentos de materiais genéticos, e principalmente, técnicos aptos para prestar os serviços de assistência técnica e extensão rural aos produtores para fortalecer cada vez mais a cadeia da mandiocultura, proporcionando ao agricultor familiar maior produtividade e renda às famílias rurais do Estado”, frisou o presidente.

Participaram da reunião o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ruraltins, Kin Gomides, e da Embrapa os pesquisadores Alexandre Uhlmann, Roberto Flores e Gustavo Campos.

Mandiocultura

No Brasil, a estimativa de produção de raiz de mandioca para o ano de 2021, de acordo com a última atualização do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE (janeiro/2020), é de 18,80 milhões de toneladas, colhidas em uma área de 1,24 milhão de hectares.

No Tocantins, com os dados do IBGE de 2019, a produção soma mais de 225 mil toneladas de mandioca, distribuídas em mais de 15 mil hectares. São aproximadamente 45 mil agricultores familiares exercendo a cultura da mandioca, que é cultivada em praticamente todos os estabelecimentos rurais do estado.

Mesmo com essa produção, a demanda por farinha é maior que a produtividade, fazendo com que grande parte do que é consumido venha dos estados vizinhos, como Pará, Maranhão e Bahia.

“Já existe um trabalho desenvolvido pelo Ruraltins no fortalecimento da mandiocultura, e o nosso intuito com esse projeto é ampliar essas ações, e a Embrapa tem tecnologia, que aliadas ao trabalho do Ruraltins, pode dobrar essa produção, e dobrando a produção, se dobra também a renda. Então há uma perspectiva de desenvolvimento tanto social, quanto de emprego e renda, a partir do trabalho integrado de várias mãos”, destacou o pesquisador da Embrapa, Gustavo Campos.

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