O estrago da Chikungunya em Paraíso: Criança sem aula e trabalhador sem poder trabalhar. Carro fumacê indo embora

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CARRO FUMACÊ NO SETOR JARDIM PAULISTA NA REGIÃO NORTE DE PARAÍSO

Da Redação

O carro fumacê, que chegou a Paraíso do Tocantins no dia 13 de fevereiro para combater o mosquito aedes aegypti, está indo embora.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os três ciclos mapeados e estratificados pela área técnica da pasta foram concluídos nesta quinta-feira, 03 de março. O trabalho foi realizado em parceria com a saúde estadual.

A ação do poder público com o fumacê  conseguiu fazer com que o excesso de mosquito na cidade diminuísse, fato que foi observado pelos moradores. No entanto, o número de casos de doenças causadas pelo mosquito parece não sofrer alteração.

Neste momento, Paraíso tem centenas de pessoas contaminadas principalmente com a  chikungunya. Em alguns casos há desconfiança de tríplice contaminação. Ou seja, uma mesma pessoa sofrendo com dengue, zika e chikungunya.

As três doenças são causadas por vírus diferentes, mas que são transmitidos pelos mesmos hospedeiro. Como as infecções têm sintomas semelhantes, isso faz com que as pessoas se confundam.

O aegypti vive em torno de 30 dias e a fêmea chega a colocar entre 150 e 200 ovos. Daí a importância da conscientização por parte da população. Muitas residências na cidade se tornam verdadeiros criadouros do mosquito todos os anos, sem que seus proprietários tomem qualquer providência.

Lotes baldios espalhados pela cidade não recebem os cuidados necessários por parte de seus donos e são utilizados apenas para especulação financeira. Neste caso, alguém está ganhando dinheiro em função do sofrimento do resto da população.

Por outro lado, falta à prefeitura de Paraíso coragem para imputar responsabilidades a esses proprietários.

Em Araguaína, por exemplo, a prefeitura notificou recentemente os donos de lotes vagos para que, num prazo de 15 dias, façam limpeza total desses locais. Quem não obedecer é penalizado com multa de R$ 300 reais e terá que pagar todas as despesas que o Município gastará para cumprir essa obrigação.

No caso de Paraíso, o apadrinhamento é secular. Até esta data, nenhum gestor teve a postura de responsabilizar donos de lotes pelos problemas de saúde, principalmente no caso do Aegypti que historicamente ocorrem na cidade.

Por outro lado, é costumeira a demora em relação às providências que devem ser tomadas para evitar que a comunidade paraisense sofra tanto como ocorre neste momento. Quando o carro fumacê chegou, a cidade já estava infectada, e os prejuízos aos trabalhadores, estudantes e donas de casa são incalculáveis.

É sabido que, por motivo de questão política, o clima entre a gestão Municipal e Estadual não é dos melhores, porém, existem outros meios de reverter a situação.

Das centenas de pessoas contaminadas com a chikungunya, a grande maioria não comparece a um posto de saúde para procurar orientação médica. Elas preferem se alto medicarem, o que impede de existir um registro exato da quantidade de casos na cidade.

A saúde em primeiro lugar. Todos contra a mosquito aedes aegypti.

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