O eclipse anular do sol está previsto para iniciar às 14h05 deste sábado (14) no Brasil. Na ocasião, a lua vai cobrir a maior parte do disco solar, deixando apenas um anel brilhante na borda. O eclipse anular ocorre quando a lua está em seu apogeu, o ponto mais distante de sua órbita da Terra, e nesse momento a Lua aparece menor e relação ao sol, o que permite que este anel seja visível no eclipse.
O Brasil é o País onde o eclipse anular terá maior durabilidade, 55 minutos e 30 segundos, segundo o Doutor em física, Tarciro Mendes da UFRN. Já no Tocantins, a região do Bico do Papagaio é o local onde o fenômeno será total. Na região central do Estado o eclipse será em torno de 82%.
Em Paraíso do Tocantins, a Serra do Estrondo, principal ponto turístico da cidade, pode ser um dos locais onde a visão do eclipse anular seja uma das melhores no Estado. O local proporciona um pôr do sol dinâmico e pode oferecer boa visibilidade ao público.
Porém, para que as imagens do eclipse sejam consideradas boas, tudo vai depender do tempo. A visão do sol, a partir da Serra do Estrondo, depois das 15h, é limpa porque não há nenhum obstáculo que impeça a visualização do horizonte. Em caso de tempo nublado, ou chuva, essa visão será prejudicada.
Das cidades cortadas pela BR-153, no Estado do Tocantins, apenas Paraíso tem uma montanha localizada ao leste e de cara para o pôr do sol. Um grande público deve ir ao local neste sábado para tentar ver o eclipse anular.
Tipos de eclipse
“Quando a Lua está mais próxima da Terra, temos um eclipse total; quando a Lua está mais distante, temos um eclipse anular. Nos dois casos, naturalmente, os discos lunar e solar têm de se sobrepor completamente, sem o que se tem um eclipse parcial”, disse o astrofísico. Há ainda o eclipse híbrido, que ocorre quando o eclipse anular muda para um eclipse total, ou vice-versa, ao longo do caminho do eclipse.
O especialista ressalta que o eclipse no formato anular não poderá ser visto de todo o país. “Apenas em alguns estados das regiões Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) e Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba) do Brasil o eclipse anular poderá ser visto. Nos demais estados do país, o eclipse será parcial. Isso ocorre porque a visibilidade de um eclipse depende da posição do observador em relação à linha do eclipse”, disse o astrofísico.
Segundo o Observatório Nacional, a anularidade será visível, além do Brasil, nos Estados Unidos, México, Belize, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia. Em outras partes das Américas – do Alasca à Argentina – um eclipse parcial será visível.
O próximo eclipse anular a ser observado no Brasil ocorrerá em 26 de janeiro de 2028 e só poderá ser visto completamente nos estados do Amazonas, do Pará e do Amapá.
O último eclipse anular do Sol ocorreu em junho de 2021, mas não foi visível do Brasil, segundo informações do Observatório Nacional.
Com informações da Agência Brasil