Terra
Atual vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (MDB-MG) corre como candidato independente na disputa pela presidência da Casa, sem o apoio oficial de seu partido. Conhecido pelos almoços e jantares que costuma oferecer em seu gabinete em Brasília, Ramalho afirmou que quer batalhar por uma “instituição forte” e defendeu abertamente o aumento de salários dos deputados, pela igualdade de direitos entre os Poderes.
“Não estamos pedindo aumento de nada, queremos isonomia”, disse. Para ele, os apoios formados em torno da reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) em nada interferem em sua campanha, já que foram firmados entre as cúpulas, sem ampla consulta entre os parlamentares. A seguir, os principais trechos da entrevista.
A sinalização do apoio de seu partido à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) atrapalha a candidatura do senhor? Houve algum pedido para que o senhor a retirasse?
Não atrapalha de maneira alguma e não houve nenhum pedido para que eu desistisse. Tinha um lado lutando contra o outro e o que ficou mais fraco teve de se unir com o mais forte. Agora, será que quem se uniu consultou seus parlamentares? Se uniram para a sobrevivência das comissões e dos espaços. Minha candidatura se mantém e ela não muda em nada. Vai ter segundo turno. Quero representar a instituição, fazê-la forte e independente e, principalmente, acabar com essa velha política. Nós temos um novo presidente, de cara nova, e as pessoas passaram a exigir mais de todos políticos.