Governo recebe produtores da região do Rio Formoso para discutir viabilidade para a próxima safra

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Secretários das pastas do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) e Infraestrutura (Seinf) receberam produtores rurais da região de Lagoa da Confusão que estão preocupados com possíveis prejuízos na próxima safra. Eles pediram apoio do Governo em relação às ações do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO). O encontro ocorreu na tarde desta quarta-feira, 04, na sala de reuniões do Palácio Araguaia, em Palmas.

O Ministério Público do Tocantins alega que a produção naquela região continua usando água para fins agroindustriais, mesmo com situação de crise hídrica e das licenças para retirada de água, concedidas pelo Naturatins terem terminado em 31 de junho.

Segundo o presidente da Associação de Produtores da Região do Rio Formoso, Kleber Marcos de Oliveira, os produtores já estão poupando as águas do rio. “Criamos reservatórios que só funcionam quando a água está em nível estável. Temos medidores nos bombeamentos que atualizam em tempo real e podem ser conferidos na internet por qualquer pessoa”, explicou.

“Nosso fôlego se esgotou e estamos pedindo socorro ao governo. Não temos mais condições de nos proteger. Precisamos plantar, e estamos com restrição. Isso vai prejudicar a economia local e de todo o Estado. São mais de 70 produtores na região”, disse o presidente da associação.

O presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque, afirmou que o órgão está à disposição dos produtores. “Vamos acatar o que manda o comitê da Bacia, mas não podemos burlar a Lei. Estamos apenas seguindo a decisão judicial”, disse.

O líder do governo, deputado Gleydson Nato afirmou que a Assembleia Legislativa e o Governo irão ouvir os produtores rurais. “Nós não vamos deixar de ajudar vocês. Vocês estão pedindo oportunidade de trabalhar e gerar emprego e renda ao Estado do Tocantins. Nosso dever, do Estado e dos deputados é correr atrás”, afirmou.

Na reunião, o secretário da Semarh, Renato Jayme, pontuou algumas ações que serão feitas: a criação de um comitê e levar o assunto até à Assembleia Legislativa na próxima semana. “Depois iremos levar o resultado e o resumo com os principais pontos ao governador Mauro Carlesse”, esclareceu Jayme.

Ficou acordado que, o Governo do Tocantins entende que a paralisação da produção pode prejudicar a economia da região. Porém, também entende que a legislação ambiental deve ser seguida buscando um consenso dentro da legalidade.

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