Unitins é selecionada pela ONU para integrar seleto grupo de universidades observadoras do clima

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A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) passa a integrar um seleto grupo de instituições de ensino, cadastradas como observadoras do clima pela Organização das Nações Unidas (ONU), dentro da divisão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Assim como as melhores universidades do mundo HarvardCambridgeOxford, a Universidade tocantinense trabalhará contra as mudanças climáticas, promovendo sustentabilidade e preservação da natureza.

A Unitins é a primeira instituição estadual e a única da Região Norte do Brasil a integrar os quadros da ONU. O ingresso da instituição de ensino aconteceu mediante rigorosa seleção da UNFCCC e foi pleiteado pela Diretoria de Assuntos Internacionais da Unitins, e ocorreu durante o 2° semestre de 2022 e o 1° semestre de 2023.

A diretora de Assuntos Internacionais da Unitins, doutora Patrícia de Aquino Prudente, explicou que o cadastro provisório será permanente após a COP 28, o que possibilitará a participação da Universidade em todos os eventos promovidos pela UNFCCC. “As universidades mais importantes do mundo estão cadastradas na ONU. Então, a Unitins, nesse caso, iguala-se. Ela entra num hall seleto entre as melhores universidades do mundo, que estão mais comprometidas e que estão trabalhando contra a mudança climática. Essa é uma conquista muito importante para a Unitins”, afirmou.

Contribuições

“A gente tem a certeza que vai contribuir muito nessas discussões do clima, do desenvolvimento sustentável, do entendimento e discussões das variações e mudanças climáticas. Então, a Unitins está muito contente e, não só a Unitins, mas o estado do Tocantins nesse ponto de debate, nessa discussão tão importante”, destacou o reitor da Unitins, Augusto Rezende.

Mudanças climáticas

A ONU descreve as mudanças climáticas como transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima. Essas mudanças podem ser naturais, como por meio de variações no ciclo solar. Mas, desde 1800, as atividades humanas têm sido o principal impulsionador das mudanças climáticas, principalmente devido à queima de combustíveis fósseis como carvão, petróleo e gás.

Além do aumento da temperatura global, em 1,1°C mais quente o final do século XIX, as consequências das mudanças climáticas agora incluem, entre outras, secas intensas, escassez de água, incêndios severos, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade.

O secretariado da UNFCCC é a entidade das Nações Unidas encarregada de apoiar a resposta global à ameaça da mudança climática.  A Convenção tem adesão quase universal (198 Partes) e é o tratado principal do Acordo de Paris de 2015. O principal objetivo do Acordo de Paris é manter o aumento da temperatura média global neste século o mais próximo possível de 1,5º C acima dos níveis pré-industriais.

A UNFCCC também é responsável pelo Protocolo de Kyoto de 1997. O objetivo final de todos os três acordos da UNFCCC é estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera em um nível que impeça a interferência humana perigosa no sistema climático, em um período de tempo que permita que os ecossistemas se adaptem naturalmente e possibilitem o desenvolvimento sustentável.

COP 28

Dentro dessas discussões a respeito das mudanças climáticas, a COP 28, que será realizada em Dubai, de 30 de novembro a 12 de dezembro de 2023, é aguardada com a expectativa de que resultará em ações mais concretas do que as observadas na COP 27.

Na COP, serão revisados os posicionamentos e ações de cada país, além de revisitar o inventário de emissões. Na oportunidade, os países aproveitam para discutir como estabilizar as concentrações de gases causadores do efeito estufa (GEE) lançados à atmosfera. Tendo como base essas informações, há uma tentativa de avaliação das melhorias alcançadas e das novas medidas a serem implementadas como estratégias.

O Brasil desempenha um papel crucial na COP 28, particularmente devido à importância estratégica da Floresta Amazônica e ao seu protagonismo em várias iniciativas de redução de emissões de gases de efeito estufa. O país também é um exemplo notável de transição energética que pode ser seguido por outros países. A ação climática é uma meta global e contribui para todos os outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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